Perguntas que surgem durante o processo

Toda vez que perguntam que jogo estou fazendo sempre tive 1 resposta meio embolada, até hoje. Não que o conceito do jogo esteja muito prematuro, mas é que nunca encontrei a sessão certa pra coloca-lo dentre todos os gêneros que temos por ai. Ele não é um RTS, porque você não controla suas unidades diretamente. Entretanto, ele também não é exatamente um simulador, porque você não precisa se adaptar ao ambiente, você modela o ambiente ao seu desejo e também tem muita coisa fantasiosa acontecendo. O ser humano com essa mania de precisar classificar tudo que encontra pelo caminho é algo irritante.

Hoje enquanto implementava a função de desmontar/desconstruir tudo no jogo surgiu uma pergunta que me fez tirar 1 pausa na programação: "O jogador deveria ter o direito de desconstruir os heróis que vem até o reino dele?". Ainda não tenho uma resposta definitiva para essa pergunta, mas essa pergunta conseguiu finalmente dar o click de qual gênero meu jogo se encaixa: God Game. Se ele puder fazer tudo isso, definitivamente esse jogador é 1 deus no mundo do jogo.

Além disso, essa mecânica de permitir o jogador desmontar até os heróis trás uma mecânica interessante, já que o jogador pode escolher desmontar heróis fracos para conseguir materiais para ajudar os mais fortes, mas isso aumentará o nível de desconfiança dos heróis no reino e espantar os que já estão no reino podendo deixar seu reino mais desprotegido.

Outra questão que surgiu ontem a noite é: "Como mostrar pro jogador quais novelos ele tem?", são muitos novelos para ter um contador de novelos no canto da tela como se fosse dinheiro/ouro. Além de sobrecarregar o jogador de informações já que terei pelo menos as 7 cores do arco íris, além de me engessar um pouco caso queira modificar esse número no futuro por questão de balanceamento. Além dessa questão completamente prática, existe uma coisa do mundo do tricô e crochê que gostaria de abordar como mecânica no meu jogo: a coleção de fios. 

A coleção de fios, também conhecida na gringolandia como Yarn Stash, é inevitável, mais cedo ou tarde irá se formar. Na hora que vai no armarinho a pessoa fica encantada com todas as possibilidades que aquele fio pode se transformar e acaba levando pelo menos 1 novelo. Ou aquele fio nem é tudo aquilo, mas está na promoção de troca de estação a pessoa acaba levando mesmo sem ter um projeto em mente. Ou ainda tem aquele fio que você comprou um pouco a mais para um projeto com medo de faltar e acabou sobrando. Fio não é algo que estrague com o tempo se bem embalado, então guardar um novelo por muitos anos acaba sendo uma prática comum. Eu mesma tenho um pequeno monstro feito de novelos crescendo na minha estante, por enquanto ele está domado, mas não sei por quanto tempo. Procurando uma solução para o sistema de inventário acabei encontrando esse artigo acho que encontrei uma solução parecida com o sistema usado em RE4 e Minecraft.
 
https://knittinginwonderland.files.wordpress.com/2015/12/wpid-yarn-meme-one-does-not-simply.jpg?w=529

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Autor: Pâmela de Assis Beltrani

É Bacharel em Ciência da Computação pela PUCPR e Mestre pela UFPR. Também é especialista em Desenvolvimento de Jogos Digitais pela PUCPR.
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