Meu jogo da jam deu ruim e agora?

Nesse fim de semana aconteceu o meu evento favorito de todo ano: Global Game Jam. Junto com o evento muita coisa aconteceu junto. Meu notebook quebrou na madrugada de domingo, descobri que Scriptable Objects não gostam de dicionários, meu pen-drive queimou,  tive 1 casamento no sábado, e por ai vai. Resumindo: O jogo que devia ser um passeio no parque para ser feito foi refeito 3x durante o evento, mas mesmo assim o jogo não saiu.

E agora, Pâmela?

Agora é um ótimo momento para ponderar o que deu certo e o que deu errado e levar como ensinamento pro futuro. Tirei a segunda fazer essa análise e alguns ensinamentos ficam pro futuro.

1. Tudo bem se isso acontecer.

Nem toda game jam o jogo sai, brinco que minha taxa de acerto é de 50% e deve ser por ai mesmo. É por que sou uma desenvolvedora ruim? Não. É por que não sei acertar o tamanho do escopo de um jogo de jam? As vezes, mas andei melhorando bastante nisso. Sou 1 programadora ruim? Não sou nem a melhor e nem a pior nisso. Dessa vez simplesmente foi o famoso: "Merda acontece". O que tiro disso? Não dá pra ganhar todas e tudo bem. Bola pra frente e terminamos esse jogo durante essa semana.


2. Blender não é tão assustador quanto falam.

Desenvolver uma nova habilidade é sempre um processo doloroso. Uma habilidade que sei que preciso no longo prazo é modelar em softwares 3D. Mas você é programadora, pra que? Na pior das hipóteses conseguir conversar com o artista da equipe para passar ou receber uma ideia. Nessa jam consegui fazer 4 espinhos e com ajuda rolou um UV unwrap e consegui tacar na Unity. Ficou bonito? Não, mas é melhor do que ter que pesquisar na internet por isso.

3. Back-ups são importantes e não podem ser no mesmo local.

Faça back-ups fora do seu notebook. Ele pode simplesmente pegar fogo e você acaba precisando correr para outros PCs. Isso é básico? Sim, mas quando você tem um PC lento, uma internet ruim e um pen-drive que está dando mal contato por não encaixar direito, back-ups externos não estão na lista de prioridades. Principalmente se você estiver trabalhando sozinha num único PC.


4. Leve um projeto base com tudo que você gosta.

Partículas são lindas e maravilhosas, mas a melhor coisa que fiz foi levar uma biblioteca de partículas atualizadas. Junto dessas partículas levei um projeto com pós-processamento e um conjunto básico de shadders que fiz no passado. Usei tudo e por conta disso tive muita velocidade e isso reduziu muito meu stress durante o evento.

5. Converse com as pessoas do evento.

Salvo raras exceções, todos estão lá para fazer jogos e estão no mesmo barco que você. Dessa vez tive apoio emocional na hora que tudo estava desmontando. Vale a menção honrosa para o Koga, Diego, Gisele, Bruno e o Denilson.
 

Concluindo...

 Ano que vem tem outra Global Game Jam, ainda esse ano teremos outras jams e é a vida que segue. Não é porque um jogo não saiu que o evento não foi divertido e produtivo. Conversei com muitos amigos de jams, ri, comi pizza, fui num casamento topzera de um amigo da faculdade, andei que nem a mendiga mais elegante de todas as jams e só por isso as 48h de stress já valem cada segundo.
Compartilhar no Google Plus

Autor: Pâmela de Assis Beltrani

É Bacharel em Ciência da Computação pela PUCPR e Mestre pela UFPR. Também é especialista em Desenvolvimento de Jogos Digitais pela PUCPR.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

1 comentários:

  1. Massa. Lembrei da do ano passado que o Game Nami ganhou 2 prêmios. Os 2 primeiros protótipos jogamos fora... praticamente no Sábado a Noite progredimos. Eu durmi umas 3 horas de Sábado... Em outras jans dormi um pouco mais :D. Em uma da Unreal que deu ruim minha máquina não aguentou... :P

    ResponderExcluir